Genealogy Petroucic » Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé) (1895-1971)

Données personnelles Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé) 

Source 1

Famille de Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé)

(1) Il est marié avec Alzira Alves.

Ils se sont mariés en l'an 1921 à São Gabriel, Rio Grande do Sul, Brasil, il avait 25 ans.


Enfant(s):

  1. (Ne pas publique)
  2. Ady Torelly  > 1921-1943
  3. Arly Torelly  < 1930-1986


(2) Il est marié avec Zoraide X Torelly.

Ils se sont mariés


(3) Il est marié avec Juracy X Torelly.

Ils se sont mariés.


Enfant(s):



(4) Il est marié avec Aida Costa.

Ils se sont mariés environ 1960.


Notes par Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação
Rodrigo Maciel Jacobus
Um nobre bufão no reino da grande imprensa
A construção do personagem Barão de Itararé na paródia jornalística do semanário A Manha (1926-1935) Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação (linha de pesquisa Comunicação, representação e práticas culturais) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Comunicação e Informação.
Orientação: Prof.a Dr.a Cassilda Golin Costa (Cida Golin)

TORELLI, Aparício

*jornalista; membro ANL.

Aparício Torelli, também conhecido pelo pseudônimo de barão de Itararé, nasceu em São Leopoldo (RS) em 1895. Sua mãe era uruguaia. Seu pai, brasileiro, combateu a Revolução Federalista, ao lado dos republicanos castilhistas. O conflito, que envolveu o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, terminou com a vitória dos partidários do presidente gaúcho, Júlio de Castilhos, que contavam com o apoio do governo federal.

Torelli viveu no Uruguai em uma fazenda de suas tias até 1902, quando voltou a São Leopoldo para estudar no Colégio Nossa Senhora da Conceição. Nessa escola, dirigida por padres jesuítas, produziu o seu primeiro jornal, O Capim Seco, clandestino e escrito inteiramente à mão, no qual satirizava seus professores. Posteriormente estudou medicina em Porto Alegre e durante o curso, em 1916, publicou seu primeiro livro de poemas, Pontas de cigarro, de versos diversos. Em 1919 abandonou a faculdade, já no quarto ano, e passou o período seguinte percorrendo as cidades do interior do Rio Grande do Sul, fazendo conferências de improviso em teatros e cinemas. Empregando os pseudônimos Aporelli e AxL, colaborou na época com sonetos para jornais e revistas, como Kodak, revista modernista, A Máscara e O Maneco, e, ainda no Rio Grande do Sul, fundou o jornal humorístico O Chico.

Em 1925 mudou-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, onde trabalhou como jornalista de O Globo e depois no A Manhã, de Mário Rodrigues. Em maio de 1926 fundou A Manhã jornal humorístico que procurava imitar A Manhã na diagramação da primeira página e que tinha por subtítulo "órgão de ataques... de riso". Sem periodicidade fixa, A Manha era quase que inteiramente escrita por Torelli e seu alvo principal eram os políticos da República Velha, o que o levou a fazer frases como: "O mistério de hoje pode ser o ministério de amanhã".
Durante a campanha da Aliança Liberal em 1929 e 1930, A Manha tornou-se um suplemento do Diário da Noite em apoio ao movimento. Com a vitória da Revolução de 1930, da qual participou, Torelli adotou o pseudônimo de barão de Itararé, em homenagem à batalha de Itararé entre as forças legalistas e os revoltosos, que não chegou a ocorrer.
Transformou A Manha em órgão independente, "que não se vende, apenas se troca por quinhentos réis". O jornal era composto, então, por profecias de fim de ano, página literária, noticiário policial e seção de esportes, sempre tendo os políticos como principais personagens.

Em 1933, à frente da equipe do Jornal do Povo, em que também trabalhava, Torelli anunciou uma série de reportagens sobre a vida de João Cândido, que liderara a Revolta da Chibata, rebelião de marinheiros ocorrida em navios da Armada em novembro de 1910, em protesto contra os castigos corporais e reivindicando melhoria de vencimentos, que terminou reprimida com severidade.
Saíram duas das reportagens previstas, mas, quando da terceira, Torelli foi seqüestrado por oficiais integralistas da Marinha e conduzido para a Barra da Tijuca, onde foi espancado e depois abandonado com a cabeça raspada e em trajes sumários. Suas roupas foram em seguida entregues à redação de O Globo e exibidas. Em conseqüência desse episódio, mandou fixar uma tabuleta na porta da redação do Jornal do Povo: "Entre sem bater."

Em outubro de 1934 foi criado um grupo no Distrito Federal que começou a estudar a formação de uma frente que defendesse um programa nacionalista e antifascista, que mais tarde viria a ser constituída como a Aliança Nacional Libertadora (ANL).
Esse grupo, do qual Torelli fazia parte, era formado ainda por Roberto Sisson, Francisco Mangabeira, Carlos Lacerda, Manuel Venâncio Campos da Paz e Benjamim Soares Cabello.
Mais tarde Herculino Cascardo, Carlos Amoreti Osório, Moésia Rolim, Trifino Correia e outros também aderiram.
As reuniões inicialmente realizavam-se no apartamento de Amoreti Osório, no escritório de Rolim ou na redação de A Manha.
Em março de 1935 a ANL foi lançada publicamente com a participação de membros do Partido Comunista Brasileiro (PCB), então Partido Comunista do Brasil, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e dos diversos partidos social democráticos estaduais, além de sindicatos de trabalhadores.
Ainda em 1935, Torelli foi membro fundador da Liga de Defesa da Cultura Popular, ligada à ANL. Em julho, a ANL foi fechada pelo governo.

No mês de novembro de 1935, uma parte da ANL sob a liderança do PCB iniciou em Natal, em Recife e no Rio de Janeiro uma insurreição armada, que acabou sufocada em pouco tempo pelas forças governamentais.
Seguiu-se ao levante uma onda de repressão sobre os aliancistas e A Manha deixou de circular em 1936, com a prisão de Torelli, acusado de participação na rebelião.
Após a instauração do Estado Novo (1937-1945) em novembro de 1937, Torelli foi companheiro de cela no presídio da rua Frei Caneca do escritor Graciliano Ramos, que o citou em seu livro Memórias do cárcere.
Na ocasião Torelli declarou a Graciliano que havia adotado inicialmente o título de duque de Itararé, passando depois a barão "como prova de modéstia".
Depois de libertado, foi delegado do Distrito Federal ao I Congresso Brasileiro de Escritores, que se realizou em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira de Escritores, de 22 a 27 de janeiro de 1945. O congresso, que reuniu expressivo número de intelectuais de variadas tendências políticas e emitiu uma declaração em favor da democracia e das liberdades públicas, constituiu uma contundente tomada de posição contra o Estado Novo.
Quando do decreto de anistia de 18 de abril de 1945, pelo qual foi beneficiado, Aparício Torelli declarou: "A anistia é um ato pelo qual os governos resolvem perdoar generosamente as injustiças e os crimes que eles mesmos cometeram."

Em agosto de 1945, integrou a comissão provisória da Esquerda Democrática (ED), organização formada por dissidentes da União Democrática Nacional (UDN), partido que surgira agregando diversas tendências políticas de oposição ao Estado Novo, mas que começara a adotar posições mais conservadoras.
Da ED faziam parte, entre outros, Hermes Lima, Herculino Cascardo, Juraci Magalhães, João Mangabeira, Domingos Velasco e José Lins do Rego.
Ainda em 1945 Torelli foi sócio de Arnon de Melo num projeto para relançar A Manha, mas rompeu a sociedade por divergir do apoio de Arnon à candidatura de Eduardo Gomes (UDN) nas eleições presidenciais daquele ano.
Recriou A Manha em 1946 e nessa nova fase o jornal contava entre seus colaboradores com Rubem Braga, José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda, Carlos Lacerda, Raul Lima e Pompeu de Sousa.
Torelli elegeu-se vereador pelo Distrito Federal, na legenda do PCB, nas eleições de janeiro de 1947. Com o cancelamento do registro do partido em maio de 1947 e a posterior cassação dos parlamentares comunistas em janeiro de 1948, perdeu o mandato.
Nessa época colaborou no jornal Para Todos, quinzenário de cultura brasileira dirigido por Jorge Amado, e lançou também o Almanaque. A Manha perdurou até 1957, quando Torelli deixou o jornalismo para se dedicar a viagens durante as quais fazia palestras.
Em 1963 visitou a República Popular da China como conferencista. Poucos anos depois, doente, passou a viver em seu apartamento no Rio de Janeiro, de onde raramente saía.

Faleceu nessa mesma cidade em 27 de novembro de 1971.

FONTES: CARVALHO, A. Estadistas; CONG. BRAS. ESCRITORES. I; Encic. Mirador; LEITE, A. História.; MACEDO, R. Efemérides; MELO, L. Subsídios; NABUCO, C. Vida; NÉRI, S. 16; Realidade (1/69); SILVA, H. 1935; SODRÉ, N. História da imprensa; TAVARES, J. Radicalização; Veja (8/12/71).
http://fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/torelli-aparicioSource 1

Avez-vous des renseignements supplémentaires, des corrections ou des questions concernant Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé)?
L'auteur de cette publication aimerait avoir de vos nouvelles!


Barre chronologique Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé)

  Cette fonctionnalité n'est disponible que pour les navigateurs qui supportent Javascript.
Cliquez sur le nom pour plus d'information. Symboles utilisés: grootouders grand-parents   ouders parents   broers-zussen frères/soeurs   kinderen enfants

Ancêtres (et descendants) de Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly

Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly
1895-1971

(1) 1921

Alzira Alves
± 1897-????

Ady Torelly
> 1921-1943
Arly Torelly
< 1930-1986
(2) 
(3) 

Juracy X Torelly
> 1895-1940

(4) ± 1960

Aida Costa
> 1895-1965


Avec la recherche rapide, vous pouvez effectuer une recherche par nom, prénom suivi d'un nom de famille. Vous tapez quelques lettres (au moins 3) et une liste de noms personnels dans cette publication apparaîtra immédiatement. Plus de caractères saisis, plus précis seront les résultats. Cliquez sur le nom d'une personne pour accéder à la page de cette personne.

  • On ne fait pas de différence entre majuscules et minuscules.
  • Si vous n'êtes pas sûr du prénom ou de l'orthographe exacte, vous pouvez utiliser un astérisque (*). Exemple : "*ornelis de b*r" trouve à la fois "cornelis de boer" et "kornelis de buur".
  • Il est impossible d'introduire des caractères autres que ceux de l'alphabet (ni signes diacritiques tels que ö ou é).

Les sources

  1. "FamilySearch Family Tree," database, FamilySearch  , FamilySearch.org, The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints

Événements historiques

  • La température le 28 janvier 1895 était d'environ -8.9 °C. La pression atmosphérique était de 76 cm de mercure. Le taux d'humidité relative était de 89%. Source: KNMI
  • Du 9 mai 1894 au 27 juillet 1897 il y avait aux Pays-Bas le cabinet Roëll avec comme premier ministre Jonkheer mr. J. Roëll (oud-liberaal).
  • En l'an 1895: Source: Wikipedia
    • La population des Pays-Bas était d'environ 5,1 millions d'habitants.
    • 15 janvier » victoire des troupes italiennes de Baratieri sur le Tigré, pendant la première guerre italo-éthiopienne bataille de Senafé.
    • 12 février » victoire japonaise à la bataille de Weihaiwei (Chine).
    • 3 avril » début du procès d'Oscar Wilde.
    • 8 septembre » combat de Magul.
    • 7 décembre » bataille d'Amba Alagi (première guerre italo-éthiopienne), se soldant par une défaite italienne.
    • 29 décembre » tentative de coup d'État de Leander Starr Jameson (Afrique australe).
  • La température le 23 septembre 1896 était d'environ 12,7 °C. La pression atmosphérique était de 74 cm de mercure. Le taux d'humidité relative était de 100%. Source: KNMI
  • Du 9 mai 1894 au 27 juillet 1897 il y avait aux Pays-Bas le cabinet Roëll avec comme premier ministre Jonkheer mr. J. Roëll (oud-liberaal).
  • En l'an 1896: Source: Wikipedia
    • La population des Pays-Bas était d'environ 5,1 millions d'habitants.
    • 4 janvier » l'Utah devient le 45 État américain.
    • 15 janvier » au Siam, les Anglais et les Français signent un accord sur leurs influences respectives dans le Sud-Est asiatique. La France confirme l'indépendance du Siam et se voit reconnaître un protectorat sur le Laos.
    • 1 février » la Crète, inspirée par l'exemple grec, se soulève contre les Turcs.
    • 1 mars » bataille d'Adoua, dans le nord de l'Éthiopie, au cours de laquelle les Éthiopiens battent les Italiens, ce qui conduit Rome à rechercher la paix.
    • 17 mars » la cathédrale Notre-Dame de Grâce de Cambrai, dans le Nord de la France, est érigée en basilique mineure par le pape Léon XIII.
    • 27 août » bombardement de Zanzibar. Considéré comme la «guerre la plus courte», il entraîne la soumission de Zanzibar aux décisions de la Couronne britannique.
  • La température au 27 novembre 1971 était entre 6,8 et 8,3 °C et était d'une moyenne de 7,5 °C. Il y avait une précipitation de 1,8 mm pendant 4,6 heure(s). Il faisait presque totalement couvert. La force moyenne du vent était de 3 Bft (vent modéré) et venait principalement du sud. Source: KNMI
  • Du 5 avril 1967 au mardi, juillet 6, 1971 il y avait aux Pays-Bas le cabinet De Jong avec comme premier ministre P.J.S. de Jong (KVP).
  • Du 5 avril 1967 au mardi, juillet 6, 1971 il y avait aux Pays-Bas le cabinet Biesheuvel I avec comme premier ministre Mr. B.W. Biesheuvel (ARP).
  • En l'an 1971: Source: Wikipedia
    • La population des Pays-Bas était d'environ 13,1 millions d'habitants.
    • 2 février » en Ouganda, le major Idi Amin Dada se nomme président et général.
    • 23 mars » en accord avec la famille du général de Gaulle, un Comité national, dont la présidence est confiée à Henri Duvillard, alors ministre des Anciens Combattants et Victimes de Guerre, est constitué en vue de l'érection à Colombey-les-Deux-Églises, dans le cadre choisi pour ses méditations par le général lui-même, d'un mémorial «à la mémoire du libérateur de la Patrie et du rénovateur de la République».
    • 19 avril » Siaka Stevens met en place un régime à parti unique au Sierra Leone.
    • 12 octobre » début de la célébration du 2 500e anniversaire de la fondation de l'empire perse.
    • 23 octobre » l'Organisation des Nations unies reconnaît la République populaire de Chine, et non plus la République de Chine (Taïwan), par sa résolution 2758.
    • 9 décembre » les Émirats arabes unis deviennent un membre de l'ONU.


Même jour de naissance/décès

Source: Wikipedia

Source: Wikipedia


Sur le nom de famille Torelly

  • Afficher les informations que Genealogie Online a concernant le patronyme Torelly.
  • Afficher des informations sur Torelly sur le site Archives Ouvertes.
  • Trouvez dans le registre Wie (onder)zoekt wie? qui recherche le nom de famille Torelly.

Lors de la copie des données de cet arbre généalogique, veuillez inclure une référence à l'origine:
Roberto Moraes Rosa Petroucic, "Genealogy Petroucic", base de données, Généalogie Online (https://www.genealogieonline.nl/genealogy-petroucic/I3546.php : consultée 30 mai 2024), "Aparicio Fernando Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé) (1895-1971)".