Zij had een relatie met (Niet openbaar).
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Esperava, como em todos os anos, que o Diário relembrasse a trajetória de um de seus filhos mais ilustres. Não imaginava que o falecimento de minha tia, Carminha Andaló, em meados de 2009, desencadeasse violentamente um processo de satanização/beatificação já sugerido em anos anteriores. Esqueceram-se de que existem, ainda, arquivos vivos: Iolanda Andaló, irmã do homenageado; minha prima Dalva da Costa Carvalho (92 anos) Haydée Costa Aranha, Lelita Furquim e eu (sobrinhas de Carminha) que viveram o "momento histórico" de traição e sofrimento. Gostaria, assim, de esclarecer algumas contradições. Duas chamaram, particularmente, minha atenção, a de que tio Alberto casou-se por interesse já que desejava um casamento em classe social mais elevada para fazer desaparecer a pecha de "italianinho", filho de dono de açougue. Talvez a união não tenha sido vantajosa para Carminha. Meu tio paterno Gilberto Lopes da Silva dizia em alto e bom som: '96 Coitado do coronel Arruda, casou mal todas as filhas! Maria do Carmo de Arruda Campos, filha caçula do coronel Arruda e de Gertrudes da Costa Carvalho Arruda, era de família quatrocentona, com raízes em Portugal desde o século XII. Loira, miúda, elegante, bem cuidada havia se formado professora primária pelo Santo André. Era culta e fazia, como o Beto disse no seu depoimento, a linha dura. Exigia que os filhos fossem cultos, estudiosos, com conhecimentos variados. Com o falecimento do pai, em 1942, ela recebeu polpuda herança. Alberto, "mordido" pelo vírus da política, pediu exoneração do cargo de juiz para iniciar a carreira que o levaria à morte. Gastou, nela e em jogos de azar no Automóvel Clube, a herança da mulher. Quando de sua morte, Carminha teve que morar em prédio popular e contou com a ajuda das irmãs. Felizmente um tio, o já ministro do Trabalho, João Batista Ramos, casado com a irmã Valentina, conseguiu-lhe nomeação para fiscal do INSS, em Santo André. Fez cursos, dedicou-se ao trabalho e aposentou-se compulsoriamente aos 70 anos.
Lembro-me que devolvia, sem abrir, os presentes enviados a sua casa. Dizia ter especial piedade pelas viúvas, pois sabia como era difícil começar tarde uma carreira. Seu método de trabalho era original. Visitava as firmas, fazia a vistoria e orientava a correção das irregularidades. Na segunda visita, novamente apontava o erro e orientava. Na terceira visita a multa era rigorosamente aplicada. Teve vida normal, ficou abalada com o caso, mas reconstruiu sua vida. Trabalhou, passeou, fez viagens internacionais, riu à beça, divertiu-se, e manteve vida sem dificuldades, já que possuia apartamento nos Jardins paulistanos. Seu caráter íntegro, bem como o das irmãs Arruda, fê-la tomar atitudes que outra não tomaria. Estabelecida a mesada, Alberto passou a procurar o filho no intervalo da escola e comulá-lo de presentes e dinheiro. Foi chamado à atenção '96 queria, por acaso, fazer do filho um mercenário? Autorizou, também, dizendo ao ex-marido "que não era negro fugido" (expressão incorretamente usada na época) e que deveria visitar os filhos em casa nos momentos em que ela estava no trabalho. Que eu saiba (e acredito nisso), contava-nos que o Filizola a procurara para apelar para o registro dos novos filhos. Ainda não posso deixar de mencionar seu equilíbrio na condução da casa e dos filhos que devem sua formação profissional a ela. Tia Carminha era com minha mãe Ester as duas últimas filhas de prole extensa, por isso muito unidas. Além disso, minha irmã e eu, da idade de Carmem, éramos requisitadas para companhia. Paixões são inevitáveis: traição nunca. Esqueçam esse assunto. Promovam os filhos que são parentes de fato e que devem orgulhar-se do homem que transformou a provinciana Rio Preto, "minha terra" muito amada, em metrópole ímpar. Separemos o político, o grande administrador, do homem com suas fraquezas.
MARIA ESTER DE ARRUDA CARVALHO
Professora, sobrinha de Carmem de Arruda Andaló, esposa de Alberto Andaló.
São José do Rio Preto, 3 de Novembro, 2009
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Artigos/964,,Andalo+e+dona+Carminha.aspx
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A professora Maria Ester de Arruda Carvalho, 71 anos, morreu ontem, por infecção generalizada, depois de 21 dias internada no Hospital Santa Helena, em Rio Preto. Vítima de fortes dores por uma estenose cervical (diminuição do espaço do canal vertebral e forame neural comprimindo a medula e as raízes nervosas), há um mês e meio ela passou por uma cirurgia para corrigir o problema.
Segundo o filho da professora, Fernando Marques Alves, 50 anos, poucos dias depois a mãe contraiu uma infecção na sonda que carregava. Professora de inglês e português, a paixão de Maria Ester era a redação. Pioneira na cidade, ela montou os primeiros cursos específicos para a arte da escrita. Mãe de três filhos, os gêmeos Fernando, jornalista, e Flávio, advogado, 50 anos, e Denise, 49 anos, ela se desquitou na década de 60 e criou os filhos sozinha.
Maria Ester também foi colunista do Diário na década de 80 e transmitiu aos filhos a paixão pela cultura. "A diversão em casa era ler e tocar música clássica", conta Fernando. Além dos três filhos, Maria Ester deixa também os netos João Fernando, Maria Flávia, Rafael e Matheus. O velório ocorre no cemitério da Ressurreição, na Vila Ercília, e o enterro será as 10h de hoje.
http://www.diarioweb.com.br/novoportal/noticias/Cidades/83454,,Rio+Preto+perde+a+professora+Maria+Ester+de+Arruda+Carvalho.aspx
Maria Ester de Arruda Carvalho | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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