Rey de Leon y Castela
(1) Il a/avait une relation avec Ximena Moniz.
Enfant(s):
(2) Il a/avait une relation avec Constança da Borgonha.
Enfant(s):
Afonso VI de Leão e Castela o Bravo foi, até à sua morte, rei de Leão desde 27 de dezembro de 1065, rei de Castela desde 6 de outubro de 1072, rei da Galiza desde 1073, intitulado Imperator totius Hispaniæ desde 1077 e rei de Toledo desde 1085.
Fonte: Wikipédia
Em Dezembro de 1063, o rei Fernando Magno reuniu os magnatas e bispos na cidade de Leão e anunciou que, para evitar a discórdia entre seus filhos depois de sua morte, tinha decidido dividir o reino entre os três filhos: Sancho, Alfonso e Garcia.
Sancho, o primogénito herdou o reino de Castela que na época era muito menor e mutilado;
Afonso, segundo filho, herdou o reino de Leão mais extenso que o reino de Castela e "ligado ao título real".
Garcia, o mais jovem, herdou o reino da Galiza "apontando os seus limites no rio Eo eo Monte Cebreiro, que incluiu, além Portugal até o rio Mondego e as parias do taifa de Badajoz".
Desde cedo no seu reinado, à 27 de Dezembro de 1065, o dia da morte de seu pai, Afonso VI teve que lutar contra os desejos expansionistas do seu irmão Sancho. Assim que a rainha mãe morreu em 1067, este disputou o testamento do pai e tentou apoderar-se dos territórios herdados pelos seus irmãos. Garcia foi o primeiro a ceder (1071), devido ao acordo dos dois irmãos mais velhos em repartir o seu reino. Mas pouco depois estes enfrentaram-se e Afonso foi feito prisioneiro de Sancho, que assumiu também a coroa leonesa.
Depois de encarcerado em Burgos, fugiu para se refugiar no reino taifa de Toledo de Al-Mamun. Mas ainda no mesmo ano Sancho II de Castela seria assassinado por um nobre de Zamora, sem deixar herdeiro, o que permitiu Afonso recuperar Castela e assumir a coroa de Leão, e Garcia recuperar a Galiza.
A suspeita de participação de Afonso na conspiração para matar Sancho ficou presente no imaginário da época, melhor representada na lenda das Juras de Santa Gadea e na canção de gesta Cantar de mío Cid. Contam estas que Rodrigo Díaz de Vivar obrigou Afonso a jurar a sua inocência no assassinato, na igreja de Santa Gadea em Burgos. Em represália a esta afronta, o futuro imperador desterraria El Cid dos seus reinos.
Em 1073, Garcia foi novamente deposto por Afonso e encarcerado no castelo de Luna, onde morreria em 1090. Afonso VI apoderava-se assim de toda a herança do pai.
Em 1076, depois da morte do monarca Sancho Garcés IV de Pamplona, anexou Álava, Biscaia, Guipúzcoa e La Bureba. E a partir de 1077 intitulou-se Imperator totius Hispaniæ (Imperador de toda a Hispânia), recuperado da tradição visigótica.
Mas os esforços de expansão territorial do rei estavam agora centrados na reconquista de terras aos mouros, combinando a pressão militar e a extorsão económica. Usando o sistema de parias (imposto de não-agressão pago pelos pequenos reinos muçulmanos aos mais poderosos reinos cristãos), conseguiu que a maior parte dos reinos de taifas de Alandalus se tornassem seus tributários.
Em 1085, aproveitando o pedido de ajuda do rei taifa de Toledo contra um usurpador, sitiou esta cidade e aceitou a sua rendição a 25 de Maio. Depois desta vitória, passou a intitular-se imperador das duas religiões. A ocupação do reino de Toledo significou a inclusão do território entre o Sistema montanhoso central da Península Ibérica e o rio Tejo no seu reino. Desta forma, pôde iniciar uma grande actividade militar contra as taifas de Córdoba, Sevilha, Badajoz e Granada.
Nestas circunstâncias, os reis das taifas decidiram pedir ajuda ao novo poder berber dos almorávidas. O emir Iúçufe ibne Taxufine atravessou o estreito de Gibraltar e venceu Alfonso VI na batalha de Zalaca, perto de Badajoz. Os mouros ainda cercaram Toledo, mas não lhes foi possível tomar a cidade. Nos últimos anos do seu reinado, Afonso tentou sem sucesso impedir a consolidação da dinastia almorávida no Alandalus. Ocuparam as taifas do sul da Espanha e a Taifa de Dénia e impuseram-lhe uma nova derrota na batalha de Uclés (1108), onde morreria Sancho Alfónsez, o seu único filho varão. A coroa passaria assim para as mãos da sua filha Urraca, enquanto que Teresa, herdaria o Condado Portucalense.
Quando morreu, em 1 de Julho de 1109 na cidade de Toledo, foi enterrado no Mosteiro beneditino de Sahagún, vila muito apreciada pelo monarca, à qual concedera certos privilégios pelo Foral de Sahagún, conseguindo mais tarde fundar a sua própria universidade.
Mapa da reconquista, mostrando a Alandalus dos Almorávidas, os reinos de Portugal (P), Leão (L) Castela (C), Navarra (N), Aragão (A) e o condado de Barcelona
Afonso VI, o conquistador de Toledo e grande monarca europeizador, viu nos últimos anos do seu reinado como a grande obra política realizada podia ser arruinada frente ao impulso almorávida e às debilidades internas. Tinha assumido plenamente a ideia imperial leonesa e a sua abertura à influência europeia permitiu-lhe conhecer as práticas políticas feudais que, na França desse tempo, estavam no auge.
Na conjunção destes elementos, está segundo o historiador Claudio Sánchez-Albornoz a explicação da concessão iure hereditario - anómala na tradição histórica castelhano-leonesa - dos governos da Galiza e de Portugal aos seus dois genros borgonheses, Raimundo e Henrique. Dessa decisão resultaria alguns anos depois a independência de Portugal e a perspectiva de uma Galiza independente sob Afonso Raimundes, que não chegou a realizar-se devido a este ter sido coroado Afonso VII de Castela e Leão.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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