Dona Marietta Cochrane, sexta filha do casal, permaneceu solteira e veio a falecer na cidade do Rio de Janeiro, aos 60 anos incompletos, em consequência dos graves ferimentos recebidos em brutal acidente verificado à Rua da Alfândega (1928). Tinha educação esmerada e verdadeira vocação para o ensino, a exemplo de sua colega e maior amiga - Dona Isabel Jacobina Lacombe, fundadora do Colégio Jacobina, Foram ambas alunas das mais distintas do Colégio Progresso, merecendo prêmios e louvores de seus mestres. Nos exames finais realizados em 1886, as provas de Matemática, que ambas haviam feito, foram postas em dúvida, quanto ao seu valor, pelo pai de uma de suas colegas, inconformado com a nota obtida pela filha. O professor, Coronel Pedro Cursino do Amarante, não tergiversou: apelou para uma autoridade na matéria, submetendo a solução do caso ao veredito do professor de Matemática da Escola Militar - nada mais, nada menos do que Benjamin Constant Botelho de Magalhães. O parecer daquele que viria a ser considerado o Fundador da República, guardado como relíquia pela Família Jacobina Lacombe, diz o seguinte:
"Exprimo com toda a imparcialidade o meu juízo dizendo que se fosse examinador daria a essas alunas melhores notas do que as que receberam. Por esses documentos, escritos de chofre, sobre pontos tirados à sorte por meninas estudiosas e naturalmente tímidas, vê-se que elas receberam uma educação matemática elementar muito bem dirigida. As provas das alunas D. Marietta Cochrane e D. Izabel jacobina são completas, metódicas e escritas com muita correção. Pelos raciocínios seguros e bem encadeados, as definições e regras enunciadas com muita clareza e precisão, as aplicações acertadas e questões práticas dadas de improviso, revelam que suas autoras não levaram pontos decorados, mas bem estudados e compreendidos. Houve muito rigor na apreciação dessas provas. Eu, se fizesse parte da mesa de exames. daria nota ótima às duas primeiras e boa à terceira"(4) Nota do Autor.
Cf. JACOBINA, Alberto Pizarro - ´Dois pareceres de Benjamin
, em Leitura, n.° 7, P. 49, janeiro de 1958.
http://www.brasiliana.com.br/obras/cochranes-do-brasil-a-vida-e-a-obra-de-thomas-cochrane-e-ignacio-cochrane/pagina/219/texto
Marieta Cochrane |
De getoonde gegevens hebben geen bronnen.